segunda-feira, 20 de outubro de 2008

SINTO VERGONHA DE MIM



Eu gostaria de indicar um vídeo do YOUTUBE narrado pelo Rolando Boldrin a voces, SINTO VERGONHA DE MIM, são versos de Rui Barbosa. Talvez quisesse ter proferido do fundo de minha alma tais palavras para expressar exatamente o que penso sobre o povo brasileiro e sua pacividade perante tantos problemas. Assistam e depois coloquem aqui suas opiniões à respeito.

http://br.youtube.com/watch?v=Lo1gPVsKp5E&eurl=http://www.orkut.com.br/FavoriteVideos.aspx?rl=lo&uid=3639296106403919505


Vergonha
Ver
go !
Fronha da enfadonha pacividade
Forrando as entranhas aprisionadas pelo medo
Apenas por saber que a paz espalmada no receio
do cansaço pela luta de ser feliz,
Acaba com o descanso hipotecado pela ignorânca arquitetada
por engenheiros das insensibilidades impostas- postulantes .

(Marco André)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008


ATOL DOADOS

Até
Atol
Atado
À tarde
Ator doado
À pedra
Ao pé da rã
A perdurar
Ao sol
No sal
Do teu suor
Nas rocas
Das rochas
Das roucas gaivotas
Voltas a ti
Devotas

Agora
Agarro
guelras
guias
gorros
Das manhãs
Que agarras
Das cigarras
E num cigarro
Tragos
Trazes
Topo
Seis afagos
Tocas fogo
Te afogo
Em Cagarras


Ilhas
Olhos
Hulhas
Ôlas
Ulas
Lulas

Braços
Nos pedaços
Nos contornos
Dos adornos
Dado em dois

Torço o bucho
Tusso
Dói o osso
Triturado
Amarrado
Em nós
Mergulhados
Agulhados nus
Mareados
Mar errado
Enredados
Em ré dá
Dos ares maus

quinta-feira, 4 de setembro de 2008


Eu chorei pela Portela o choro da alegria, de um Brasil gigante.



Eu às vezes demoro em atualizar o CARIMBLOG. Mas, depois de algumas leituras, idas ao cinema e informações recebidas de jornais, volto até aqui para podermos entrar em sintonia novamente.

Primeiramente eu gostaria de dizer a todos que assistam ao filme idealizado por Marisa Monte e pela Conspiração Filmes, sobre a Velha Guarda da Portela. Uma fita genuína, onde verdadeiros artistas brasileiros fazem uma declaração de amor ao samba de primeira. Verdadeiros na mais pura essência da palavra, por construírem através da inspiração muitas vezes ingênua, que brota de dentro da alma espontaneamente, a arte que dignifica o ser humano. Bem distante daquela arquitetada especialmente para o consumo alienado, poluída por mentes que se utilizam da pouca escolaridade, alimentada pela desnutrição cultural de nosso povo, parecendo estar perfeitamente em sintonia com o Brasil eternamente faminto de cidadania, sob a efemeridade de celebridades que industrializam a pobreza dos sentimentos. Só por isso eu já seria eternamente grato a Marisa, se não fosse ela uma das maiores cantoras da última geração de nossa MPB. Eu chorei pela Portela, por sentir que nada vingará mais importante na vida do que o sentimento da criação brotado ao sabor da verdade.

Será que a favelização dos roteiros brasileiros vão perdurar para sempre ?
Como diz Walter Moreira Sales; “ Não agüento mais assistir filmes que apenas julgam a sociedade, prefiro fazer filmes que ajudem a construí-las”. Assino em baixo. E que produzam mais documentários como o citado acima, mostrando que um Brasil tão pobre enriquece aos olhos de quem assiste Madureira e Osvaldo Cruz sambando.

Algumas coisas aconteceram durante essas semanas que não atualizei o BLOG, as Olimpíadas, por exemplo. E por falar nelas, gostaria de tecer algumas opiniões sobre esse grande encontro pacífico da humanidade.

Meu último candidato à presidência da república, Cristovam Buarque, escreveu um excelente artigo no GLOBO associando a queda de Diego Hipólito à queda do muro de Berlim. Cristovam consegue discorrer sobre o tema, de forma a mostrar que tanto a queda de nosso atleta como a do muro que separava as duas Alemanhas, estão ligadas a erros políticos cometidos tanto no passado como no presente, onde a utopia de se construir uma sociedade justa parece realmente ter sido desmoronada pela falta de investimentos no próprio homem através do esporte, da educação e da cultura.
A inverossímil liberdade construída pela falta do contraditório e através do monopólio de uma única nação no mundo, realmente não conseguiu esconder todos os problemas que vivem hoje os países governados sob a tutela dos socialistas antes da queda do muro, e não elevaram o terceiro mundo ao degrau de segundo, ao menos na esperança e na qualificação ficcional. Mais um belo texto de nosso senador.

Eu ousaria dizer que somos um povo com uma personalidade acomodada, munida de muito conformismo, cercado por uma mídia ufanista que cria mitos e falsa imagem de uma sociedade que se embriaga dormente. Jamais seremos uma potência olímpica se não transformarmo-nos em uma potência cidadã. Inventam e aceitamos ídolos cheios de deficiências, subnutridos pela alimentação de egos inflados pela incoerência de opiniões muitas vezes vazias e sem conteúdo, principalmente por conta do poder que a televisão tem em nosso território.

O esporte vitorioso traduz imediatamente a força de uma civilização, o investimento em educação, cultura, cidadania. Na verdade fazemos parte de um povo que não reage como deveria diante de tantas mazelas, que não carrega em sua alma o ímpeto pela luta por direitos nunca dantes adquiridos. O ufanismo de uma parcela de nossa imprensa na busca constante por atletas/heróis ainda despreparados para ocuparem o posto de exemplo a serem seguidos, sem que os mesmos sejam culpados pelo próprio despreparo, para que supram a falta dos que de verdade não existem, é impressionante.

O Brasil agoniza através das lentes televisivas, das páginas dos jornais e revistas sensacionalistas, que invertem a mão da história tentando fazer que um povo, sem o mínimo de discernimento cultural, acredite ser forte naquilo que na verdade ainda não é, como nos esportes olímpicos.

Também temo em perceber que por sermos um país onde a fé é negociada em cada esquina, não consigamos absorver dentro de cada um de nós a prova de que somos capazes de vencermos todas as adversidades da culpa, proporcionadas principalmente pela influência de parte da igreja católica menos progressista.

Eu me impressiono como os atletas brasileiros reagem diante de derrotas e vitórias. No futebol, por exemplo: Se nosso jogador entra em campo, se benze, se perde um gol, se benze, se faz um gol, se benze e ergue as mãos para o céu, se dá entrevistas justifica que deus foi o único responsável por sua glória, se ganha um campeonato se reúne em meio a quadra para rezar junto com seus pares. Espera aí, nada contra os que evocam a religião, mas, e o esforço para se chegar a vitória não existe ? Nem na Itália, país onde habita o papa, fervorosamente católico, vejo algum atleta ponderar que as forças espirituais sobrepõe-se aos suores brotados pelos poros da ambição pela vitória.

As conquistas estão muitas vezes nas atitudes e não nas medalhas adquiridas. Precisamos ter a capacidade da indignação, do arrebatamento, de saber passar por obstáculos que por vezes parecem impossíveis e intransponíveis. Será que o choro incontido e reprimido por não nos aceitarmos vencedores não vai parar de jorrar através das lágrimas de nossos atletas e os mesmos pedirão sempre a ajuda do simbolismo religioso para acreditarem em suas forças ?
Imagino eu, que enquanto nossas vitórias estiverem na maioria das vezes excessivamente ligadas ao subjetivo que rege a fé, nos sentiremos mais fracos diante de nossos adversários que não estão. Que a fé ajude a nos sentirmos plenos para seguirmos de encontro aos nossos objetivos sim, mas, que ela não apareça onipresente nos fazendo crer que só podemos sair vencedores com ajuda divina.

Esse molde se dá em todas as facetas de nossa sociedade. Somos de uma passividade por vezes incomum e nosso poder de reação e de crítica é quase nulo. Lembram do aviãozinho na chegada do maratonista brasileiro que se conformou com a medalha de bronze quando foi roubado escandalosamente em Atenas ? Será que um anglo-saxão chegaria sorridente e feliz, elevando as mãos ao céu inteiramente agradecido pelo feito conseguido, como fez nosso humilde Vanderlei, e não reclamaria pelo acontecido ?
Será que o tal vôo sublinhado através do gesto de nosso atleta não se entrelaça ao caos recente de nossa malha aérea ? Continuaremos apenas rezando por mortos estampados em camisetas até quando, até um outro acidente ? Custo a acreditar em um povo que não enfrenta seus problemas através de manifestações que possam transformar realmente a sociedade em que vivemos, exercendo o direito de exigir de seus governantes investimentos básicos para se construir uma coletividade esclarecida e com opiniões abalizadas, construídas através da ética e da coragem. Deus definitivamente não é só brasileiro, acreditem !

Um país para ser campeão olímpico tem de erradicar o analfabetismo, investir desde cedo nos esportes, tornando-os obrigatórios nos colégios para inclusive tirar nossas crianças da falência completa, das drogas, do desamparo. Esse Brasil tem de ser mais cultural, ter a educação como lema para que o povo possa discernir o que é verdade do que não é. Chega de tanto sensacionalismo, de tantos programas baratos e atrofiados por fofocas em nossa telinha, de tantas celebridades inverossímeis transformadas em artistas fracos, de tanta falta de ética, de tanta política de sacanagem, de tanto comodismo Brasil ! Chega de jornalistas que não lêem exatamente o que esse país precisa, que sempre estão de mãos atadas ao ufanismo anacrônico, que criam mitos e gênios que se apagam através das frustrações anunciadas a cada uma de suas narrações. Eles com certeza são também responsáveis pela falta de condicionamento emocional de nossos atletas junto a falta de políticas sociais de nossos governos.

Os atletas brasileiros devem-se sentir aprisionados em seus altares de deuses, em seus egos perturbados pela mania do enaltecimento exagerado e não verdadeiros. É impossível não se sentir pressionado quando se tem tanta responsabilidade nos ombros. É por isso que choramos tanto, porque para nós a vitória ainda não é natural, imagino.

Creio que o nosso choro na maioria das vezes não é nem de tristeza nem de alegria. É um choro destemperado, pois vencer para nós ainda é estranho diante das imensas dificuldades apresentadas no dia a dia da nação. Perder para nós também é de uma dor incalculável, por nos sentirmos melhores do que somos de verdade, influenciados geralmente pela mídia equivocada das análises ufanistas.

Esse país tem quase 200.000.000 de habitantes, um clima propício para o esporte. Esse país tem uma das maiores economias do mundo e continua na pobreza.

Acorda Brasil !!!!!!
Chega de violência, de uma imprensa que esmaga a cabeça dos que não tiveram a sorte de estar entre os mais favorecidos. Nossos atletas na maioria são pobres, vem da roça, do cabo da enxada, sem acompanhamento fisiológico adequado, sem um acompanhamento nutricional, psicológico, com histórias trágicas de família, sem possuir muitas vezes material adequado para a prática esportiva e obviamente isso se reflete no desenvolvimento esportivo. Somos uma nação olimpicamente empobrecida pela falta de políticas de cidadania.

Bem, para não parecer tão pesado esse texto, pois sempre venho até aqui para falar de saudade, amor entre outros temas através de minhas poesias publicadas, gostaria de encerrar dizendo que a música brasileira me comove sempre e me traz leveza eterna. Eu vejo que não só o esporte é importante, mas que através dela podemos chegar ao degrau de um povo desenvolvido e feliz. Vamos abrasileirar a nossa alma, vamos ouvir mais a nossa música, vamos pedir mais atenção à ela, à nossa cultura tão rica e importante para a formação de nossos jovens. Vamos adotar o que é nosso e nos enxergar mais diante daquilo que produzimos com verdade, sem tanto estrangeirismo. A música brasileira é com certeza um dos maiores e mais respeitados tesouros da criação humana adotada pelo mundo com respeito e que pode ajudar no desenvolvimento de nossa sociedade.

Depois do filme da Portela fui ver Desafinados. Não achei um grande filme, mas, suficientemente bom para perceber o quanto a nossa produção musical é de uma riqueza impressionante. A bossa nova por aqui sempre foi música popular, e no berço do Jazz, EUA, é considerada artigo de luxo até hoje, pertencente à classe dos clássicos da música mundial. O final do filme é comovente, vão ver.

Que bom seria que o Brasil pudesse sempre harmonizar melodias em contato com a arte engajada, sem ser piegas ou panfletária, capaz de enriquecer o nosso povo de alegrias condizentes com uma formação de primeira. Pois, o alimento para isso nós já possuímos, a criatividade, que, regada à base de políticas sociais sérias, suplantará a plantação de melancias abundantes agachadas em nossa fauna musical de hoje em dia.

O DVD que gravamos ainda está em fase de finalização. Estamos tentando ser os mais perfeccionistas possíveis, para que possamos emocioná-los através de uma Amazônia bem brasileira, moderna e verdadeira.

As opiniões demonstradas aqui são pessoais sem a pretensão de estarem com os braços dados com a verdade. Deixem as suas e que possam divergir das minhas. A democracia sempre regerá o CARIMBLOG.

Marco André.

terça-feira, 15 de julho de 2008

GRAVAÇÃO DVD BEAT IÚ

Não tinha como não deixar aqui uma postagem sobre a gravação do nosso primeiro DVD. Para mim será um momento muito especial por termos a possibilidade de somar imagens e áudio do trabalho que estamos há alguns anos realizando, misturando a cultura de raiz da Amazônia com a modernidade amparada através dos beats eletrônicos. Que este show nos ajude ampliar a divulgação da cultura do norte brasileiro, a fim de fazer com que o público desses país se encontre também nos acordes de um Carimbó ou na batida de uma barrica. Teremos a honra de sermos dirigidos por Roberto Talma, um dos grandes da TV brasileira e de podermos contar com convidados pra lá de especiais. Quem for do Rio de Janeiro e quiser assistir a gravação do DVD, deixe uma mensagem no CARIMBLOG que eu entro em contato dando as dicas de como fazer para estarmos juntos nessa empreitada. A gravação será no Pólo de cinema do Rio, Avenida Embaixador Abelardo Bueno, 477, Barra da Tijuca, Tel: 2421-1650 - 3435-6133 - 3435-6135, dia 29 de julho, terça-feira às 20h.

Um beijo a todos.

Marco André.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Indiossincrasias


Sou um iconoclasta cuja religião é a subversão
Não me importo em quebrar convenções, onde sorrisos frouxos,
Embalam idiossincrasias que me expõe à cor da culpa.
Eu não me endireito das minhas manias
Por saber que se me desfizer delas
Serei o mais idiota dos inteligentes insensíveis.
Emburrecerei minhas convicções se me perenizar intransponível
E acabarei como professor das mediocridades constantes
Mergulhado em fantasia no mar das inverdades
Sou ateu
O teu
O teor do deus da imperfeição
Meu altar é o meu instinto
Minha fé a minha dúvida
Meu sossego a minha angustia
Tô vivo
Isso é o que me interessa
Sorver as aflições por me sentir inteiro
No mais,
Aprenderei a confortar-me no paraíso das almas incendiárias
Depois que responder meu dever de casa,
Navegando no convés da realidade.


sexta-feira, 9 de maio de 2008

Déjà vu





Eu acredito sempre na ordenação empírica das palavras,
e por isso vagueio pelo cosmo por vezes inóspito das mentes,
que nos faz pensar por não nos hospedar no vácuo das quietudes.

Sigo os passos do indecifrável, do descon
hecido, sozinho,
para que me sinta sempre acompanhado do frescor dos labirintos.


Nada me vale, se o que penso torna-se Déjà vu.


Preciso do diferencial das imagens desto
rcidas.
Necessito saltar ao encontro do sub-mundo inatingível,

transcendendo à própria compreensão que me é tão escassa.

Talvez por me sentir incompleto,

prefiro o acúmulo das idéias emaranhadas ao preciso desenho do tempo.

O majestoso surrealismo de Dali me enlouquece, me atira,
e eu desfaleço baleado de loucuras vivendo intensamente cada linha inventada.


Mas, ao saber de ti, me sinto envolto à descrição não empírica de poder dizer que “te amo”,
sem abstracionismos heróicos,
apesar da certeza de que o amor incendeia-se das coisas concretas, não sendo concreto.


Resvalando na perfeição de um olhar sincero,
sem maquiagem adquirida,
objetivamente direto,

eu tento atingir o alvo das inundaçõe
s da tua alma através das ondas de alegria,
sem alegoria enfeitada,

com o olor da verdade molhado de sentimento às claras,

onde o escuro aparecerá apenas para o beijo roubado das línguas moldadas em salivas incolores.

Eu definitivamente me defino agora,
sem procurar os ajustes do inusitado,
Simplesmente porque te amo.


si

quarta-feira, 9 de abril de 2008

O tempo


O tempo se acende
E não se apaga no instante da conformidade apaziguada
A cada pulsar do pensamento incinerado
Ele vagueia na bússola dos segredos em labirinto
Para que viajemos na carruagem dos sentimentos Impregnados no espelho das atitudes maquiadas às tangentes do passado

A mente trabalha abstrata
Absorta do convívio aprisionado em miragens condicionadas
Anoitecida na claridade da razão
Para que o encontro com o desconhecido
Gire em torno do segundo da eternidade real
Projetada para os ensinamentos inflamados das certezas
Absorvida por surreais indelicadezas solidárias desnutridas

Ele ruge e nos transforma em pedaços de destroços inconscientes
Onde a ranhura das imperfeições desmente qualquer sobriedade antecipada

O tempo é o tempo
Sem piedade para reverenciar o momento da mudança interior
Sem que se preocupe em prescrever as alterações emancipadas
Apenas transcreve o que de novo nos livra de nós mesmo
Nas reflexões ajustadas pelo medo da solidão.

A perda implode o tempo
O templo constrói o medo
O medo explode a culpa
A culpa renova o tempo



As metades em contra-tempo




O querer se destrói na medida que a gente se doa desenfreado
Nada permanece intacto aos melindres da indelicadeza clandestina
E a cada vento que sopra em desalinho, metafísico, em assovios lúgubres devastando encantamentos,
estrutura em mim o alicerce moldado para receber o furacão das intempéries.
Esculpir o arcabouço avesso às emoções permeáveis pelo choro da inconstância, rega o traço e concreta subitamente a beleza da busca pela felicidade, que se movimenta ao encontro das metades que se desfazem por não encorajarem-se parceiras.
A areia se mistura ao cimento e a dureza aparece amolecida pela força em caminhar sem o atropelo da culpa,
Erguendo um Olhar-edifício cujo prumo estará sempre firme ao tempo guarnecido pela proteção do afeto,
Mas, calculado às fundações convenientes para se estar sempre pronto a enfrentar os escombros da auto-estima inventada.
Ah ! Eu ergo um brinde à gratidão servida em copos tilintando em melodias de humildade consciente, como um pilar à soerguer a leveza da alma,
Pra que o tempo não fuja em disparada e despenque do andar do sofrimento mais perene,
sucumbindo aos desencontros por se achar facilmente nas esquinas das alegrias destelhadas.
A força e o poder estão comigo
Ao lado do super herói das vadiagens
Que brinca em se fazer dono da vida
Nas viagens às enfermidades que descarrilam os trilhos do destino.
Saúdo o mais normal dos homens que acredita nas paisagens das imperfeições não combinadas
E é por isso que minhas armas estarão sempre apontadas
Pra um tempo que atira por um ninho
Cujo o alvo é a suavidade sem limites
E o colo um guardião acolchoado.

domingo, 30 de março de 2008

SAUDADE...
Às vezes a saudade não cabe dentro de mim. E o espaço dos momentos que já foram se embriagam nos limites do tempo que não pára, construindo um labirinto de tórrida amnésia alcoolizada e vestida sobre o ócio, pela eterna procura da pele afinada em tom de ajustamento e leveza. Espalhadas no vazio provocado por buracos incolores e atrofiados pelos músculos do casamento, eu assopro palavras que desarmam o vivido ser que fui, da cor que me é das mais sem cor, o preto encardido das desavenças, maculadas pela falta e ao mesmo tempo pelo alivio da ausência, desabitando em mim o que poderia hospedar melancolia infinda. Feito um garçom imantado com ofertas do agora, espero de bandeja degustar do destino, o tempero preparado por moléculas reagentes na química de uma nova fantasia, que já fermenta envelhecida em tonéis de ansiedade pelo fim do que sempre parecia ser começo.
Que me importa estar de frente pro futuro enxergando a genitália do passado ?
Saudade não é sexo monolítico nem paisagem enxertada de desejos de carência.
Saudade não é soma estéril, é o stereo do pensamento.
Saudade é o que eu sinto e o que vejo, às vezes combinada com ciência, debruçada sobre os ombros do nascer que não se acaba.
Saudade não é tempo inaugurado nem esforço masturbado na cama do livramento.
Saudade não é fórum de amizade se não veste a outra metade com o prazer, aprisionado no tribunal do esquecimento.
Saudade não tem lado nem idade, nem se mostra de verdade se falasse ao sofrimento.
Sendo assim pra que saudade ?
Pra sentir que já não sinto ?
Pra clonar comodidade ?
Saudade é a ilha de edição do imaginário, não abona nem dá falta à realidade. É um presente do passado no presente, sem prazo de validade, sem rancor, sem liberdade, se o sabor fica na mente.


terça-feira, 25 de março de 2008

O BRASIL NÃO CONHECE O BRASIL


A cada dia que passa, aumentam as pressões internacionais sobre a soberania brasileira na Amazônia. A operação de conquista já começou. Ataques econômicos, políticos e ideológicos são freqüentes e as chances de uma futura tentativa de intervenção são imensas, vide o mapa acima.

Você já parou para pensar seriamente nas conseqüências disso?

Bem, está na hora de inaugurar esse blog, né ? Escolhi um tema que mexe com a auto-estima de todos que moram no norte brasileiro. O tema escolhido está relacionado à cultura Amazônica e a falta de interesse pela mesma, ainda que escutemos o tempo inteiro algo à respeito da região mais cobiçada do planeta. Falo diretamente da música produzida por lá, principalmente em meu estado, o Pará, que junto com Pernambuco mantém "uma cena musical das mais importantes do Brasil", frase usada recentemente por Nelson Motta em uma de suas boas críticas musicais. Portanto, deixem suas mensagens e postem opiniões à respeito do que poderia ser feito para que ganhemos maior visibilidade.

O objetivo é fazer com que nossa cultura ganhe a notoriedade que tanto merece dentro do território nacional, assim como no exterior. Está na hora de tentarmos mostrar que a música produzida na região é tão rica quanto as que são compostas em outros lugares desse imenso continente chamado Brasil.



Será que realmente os brasileiros conhecem a Amazônia como deveriam ? É bem verdade que exista na mídia um clamor em favor da região. Mas, sem reconhecer suas características de linguagem, sem consumir sua cultura abundante de forma a estar presente no cotidiano da imprensa brasileira, sem ao menos ter certeza sobre o nome das capitais do norte do pais, estaríamos prontos para defender o que é nosso perante o planeta ? Para esperarmos resultados que brotem significativos, precisamos ter em mente que o sentimento de luta em defesa de uma causa torna-se contundente a partir do momento que nos reconhecemos sabedores do porque da luta, das características da região a qual queremos não abrir mão.

O importante é tentarmos mostrar que cultura e meio ambiente precisam conviver juntos e serem amplamente discutidos para fortalecer nossa posição perante o mundo, em relação ao que é nosso de fato e de direito, a Amazônia. É imprescindível uma discussão sobre a necessidade de preservação ambiental da famosa floresta, mas, não podemos abdicar do direito de mostrar aos brasileiros sua musicalidade, tão rica, que há tempos está concebida dentro de uma parâmetro universal, de sonoridade moderna, porém, sem chegar de forma devida ao conhecimento do nosso próprio povo, costumando por vezes não despertar interesse dos críticos de música e programadores de rádio do pais. Uma produção nortista pode deixar de ser executada por preconceberem uma opinião sobre o que pode ser apresentado pelos artistas Amazônicos, geralmente deixando margem a um só pensamento; O aspecto da contemporaneidade não se encaixa nos arranjos onde o Carimbó, Boi-bumbá, Samba de cacete, Marabaixo, entre outros ritmos se fazem presentes. Mas porque ? De onde se tirou isso ? Costumo perguntar aos desinformados.

Precisamos reverter essa situação aproximando as outras regiões de um norte caboclo, com características peculiares, capaz de uma produção cultural das mais importantes e ligada diretamente à tecnologia de ponta.

Um dos grandes nomes no pais, o compositor, escritor e produtor Nelson Motta, tem espalhado por onde anda que a cena da música paraense é uma das mais importantes do Brasil, destacando o trabalho de alguns artista, inclusive o nosso, felizmente.

Esperamos também despertar nos órgãos vinculados à cultura o interesse para os problemas causados por conta do isolamento geográfico imposto pela poder das regiões mais abastadas, como a falta de circulação dos que trabalham com música, além de suas fronteiras.

Sendo sempre a Amazônia lembrada exclusivamente pela fauna e flora abundantes e quase nunca pela qualidade de sua produção artística, como atenuar a distancia que ainda existe entre a falta de conhecimento do povo brasileiro e a riqueza cultural da “Região das grandes águas” ?

Seriam os artistas ainda muito umbigados na idéia de divulgar o que criam apenas dentro de seus territórios, faltando um pouco mais de determinação e ambição para a divulgação do que produzem fora do seu habitat de origem ? Será que também não se faz necessário um pouco mais de auto-crítica dos produtores culturais em relação ao que realizam e divulgam, para que a região atinja o que precisa, tornando-se uma grande exibidora de talentos para o Brasil e para o mundo ? E os investimentos do poder público e das empresas privadas, será que são suficientes para alcançarmos nossas metas ?

Postem suas mensagens.

Visitem nossos vídeos abaixo da página.

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segunda-feira, 24 de março de 2008

Sejam bem vindos

Olá galera, estou inaugurando esse blog para que possamos estar mais próximos e trocamos idéias através das opiniões que serão postadas por vocês, em função dos textos que colocarei a disposição de todos.
Aquele abraço.
Marco André

SEGUE LINK PARA DOWLOAD DE MP3S DOS CDS AMAZÔNIA GROOVE E BEAT IÚ, CLIPES, DEPOIMENTOS DE PERSONALIDADES, ASSIM COMO MATÉRIAS TELEVISIVAS, DEPOIMENTOS DE NELSON MOTTA EM SEU PROGRAMA DE RÁDIO ETC
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