sexta-feira, 9 de maio de 2008

Déjà vu





Eu acredito sempre na ordenação empírica das palavras,
e por isso vagueio pelo cosmo por vezes inóspito das mentes,
que nos faz pensar por não nos hospedar no vácuo das quietudes.

Sigo os passos do indecifrável, do descon
hecido, sozinho,
para que me sinta sempre acompanhado do frescor dos labirintos.


Nada me vale, se o que penso torna-se Déjà vu.


Preciso do diferencial das imagens desto
rcidas.
Necessito saltar ao encontro do sub-mundo inatingível,

transcendendo à própria compreensão que me é tão escassa.

Talvez por me sentir incompleto,

prefiro o acúmulo das idéias emaranhadas ao preciso desenho do tempo.

O majestoso surrealismo de Dali me enlouquece, me atira,
e eu desfaleço baleado de loucuras vivendo intensamente cada linha inventada.


Mas, ao saber de ti, me sinto envolto à descrição não empírica de poder dizer que “te amo”,
sem abstracionismos heróicos,
apesar da certeza de que o amor incendeia-se das coisas concretas, não sendo concreto.


Resvalando na perfeição de um olhar sincero,
sem maquiagem adquirida,
objetivamente direto,

eu tento atingir o alvo das inundaçõe
s da tua alma através das ondas de alegria,
sem alegoria enfeitada,

com o olor da verdade molhado de sentimento às claras,

onde o escuro aparecerá apenas para o beijo roubado das línguas moldadas em salivas incolores.

Eu definitivamente me defino agora,
sem procurar os ajustes do inusitado,
Simplesmente porque te amo.


si

Um comentário:

Anônimo disse...

Coisa mais linda!!!! Louca por ti, paraense! Beijo na boca, Maria