domingo, 30 de março de 2008

SAUDADE...
Às vezes a saudade não cabe dentro de mim. E o espaço dos momentos que já foram se embriagam nos limites do tempo que não pára, construindo um labirinto de tórrida amnésia alcoolizada e vestida sobre o ócio, pela eterna procura da pele afinada em tom de ajustamento e leveza. Espalhadas no vazio provocado por buracos incolores e atrofiados pelos músculos do casamento, eu assopro palavras que desarmam o vivido ser que fui, da cor que me é das mais sem cor, o preto encardido das desavenças, maculadas pela falta e ao mesmo tempo pelo alivio da ausência, desabitando em mim o que poderia hospedar melancolia infinda. Feito um garçom imantado com ofertas do agora, espero de bandeja degustar do destino, o tempero preparado por moléculas reagentes na química de uma nova fantasia, que já fermenta envelhecida em tonéis de ansiedade pelo fim do que sempre parecia ser começo.
Que me importa estar de frente pro futuro enxergando a genitália do passado ?
Saudade não é sexo monolítico nem paisagem enxertada de desejos de carência.
Saudade não é soma estéril, é o stereo do pensamento.
Saudade é o que eu sinto e o que vejo, às vezes combinada com ciência, debruçada sobre os ombros do nascer que não se acaba.
Saudade não é tempo inaugurado nem esforço masturbado na cama do livramento.
Saudade não é fórum de amizade se não veste a outra metade com o prazer, aprisionado no tribunal do esquecimento.
Saudade não tem lado nem idade, nem se mostra de verdade se falasse ao sofrimento.
Sendo assim pra que saudade ?
Pra sentir que já não sinto ?
Pra clonar comodidade ?
Saudade é a ilha de edição do imaginário, não abona nem dá falta à realidade. É um presente do passado no presente, sem prazo de validade, sem rancor, sem liberdade, se o sabor fica na mente.


terça-feira, 25 de março de 2008

O BRASIL NÃO CONHECE O BRASIL


A cada dia que passa, aumentam as pressões internacionais sobre a soberania brasileira na Amazônia. A operação de conquista já começou. Ataques econômicos, políticos e ideológicos são freqüentes e as chances de uma futura tentativa de intervenção são imensas, vide o mapa acima.

Você já parou para pensar seriamente nas conseqüências disso?

Bem, está na hora de inaugurar esse blog, né ? Escolhi um tema que mexe com a auto-estima de todos que moram no norte brasileiro. O tema escolhido está relacionado à cultura Amazônica e a falta de interesse pela mesma, ainda que escutemos o tempo inteiro algo à respeito da região mais cobiçada do planeta. Falo diretamente da música produzida por lá, principalmente em meu estado, o Pará, que junto com Pernambuco mantém "uma cena musical das mais importantes do Brasil", frase usada recentemente por Nelson Motta em uma de suas boas críticas musicais. Portanto, deixem suas mensagens e postem opiniões à respeito do que poderia ser feito para que ganhemos maior visibilidade.

O objetivo é fazer com que nossa cultura ganhe a notoriedade que tanto merece dentro do território nacional, assim como no exterior. Está na hora de tentarmos mostrar que a música produzida na região é tão rica quanto as que são compostas em outros lugares desse imenso continente chamado Brasil.



Será que realmente os brasileiros conhecem a Amazônia como deveriam ? É bem verdade que exista na mídia um clamor em favor da região. Mas, sem reconhecer suas características de linguagem, sem consumir sua cultura abundante de forma a estar presente no cotidiano da imprensa brasileira, sem ao menos ter certeza sobre o nome das capitais do norte do pais, estaríamos prontos para defender o que é nosso perante o planeta ? Para esperarmos resultados que brotem significativos, precisamos ter em mente que o sentimento de luta em defesa de uma causa torna-se contundente a partir do momento que nos reconhecemos sabedores do porque da luta, das características da região a qual queremos não abrir mão.

O importante é tentarmos mostrar que cultura e meio ambiente precisam conviver juntos e serem amplamente discutidos para fortalecer nossa posição perante o mundo, em relação ao que é nosso de fato e de direito, a Amazônia. É imprescindível uma discussão sobre a necessidade de preservação ambiental da famosa floresta, mas, não podemos abdicar do direito de mostrar aos brasileiros sua musicalidade, tão rica, que há tempos está concebida dentro de uma parâmetro universal, de sonoridade moderna, porém, sem chegar de forma devida ao conhecimento do nosso próprio povo, costumando por vezes não despertar interesse dos críticos de música e programadores de rádio do pais. Uma produção nortista pode deixar de ser executada por preconceberem uma opinião sobre o que pode ser apresentado pelos artistas Amazônicos, geralmente deixando margem a um só pensamento; O aspecto da contemporaneidade não se encaixa nos arranjos onde o Carimbó, Boi-bumbá, Samba de cacete, Marabaixo, entre outros ritmos se fazem presentes. Mas porque ? De onde se tirou isso ? Costumo perguntar aos desinformados.

Precisamos reverter essa situação aproximando as outras regiões de um norte caboclo, com características peculiares, capaz de uma produção cultural das mais importantes e ligada diretamente à tecnologia de ponta.

Um dos grandes nomes no pais, o compositor, escritor e produtor Nelson Motta, tem espalhado por onde anda que a cena da música paraense é uma das mais importantes do Brasil, destacando o trabalho de alguns artista, inclusive o nosso, felizmente.

Esperamos também despertar nos órgãos vinculados à cultura o interesse para os problemas causados por conta do isolamento geográfico imposto pela poder das regiões mais abastadas, como a falta de circulação dos que trabalham com música, além de suas fronteiras.

Sendo sempre a Amazônia lembrada exclusivamente pela fauna e flora abundantes e quase nunca pela qualidade de sua produção artística, como atenuar a distancia que ainda existe entre a falta de conhecimento do povo brasileiro e a riqueza cultural da “Região das grandes águas” ?

Seriam os artistas ainda muito umbigados na idéia de divulgar o que criam apenas dentro de seus territórios, faltando um pouco mais de determinação e ambição para a divulgação do que produzem fora do seu habitat de origem ? Será que também não se faz necessário um pouco mais de auto-crítica dos produtores culturais em relação ao que realizam e divulgam, para que a região atinja o que precisa, tornando-se uma grande exibidora de talentos para o Brasil e para o mundo ? E os investimentos do poder público e das empresas privadas, será que são suficientes para alcançarmos nossas metas ?

Postem suas mensagens.

Visitem nossos vídeos abaixo da página.

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segunda-feira, 24 de março de 2008

Sejam bem vindos

Olá galera, estou inaugurando esse blog para que possamos estar mais próximos e trocamos idéias através das opiniões que serão postadas por vocês, em função dos textos que colocarei a disposição de todos.
Aquele abraço.
Marco André

SEGUE LINK PARA DOWLOAD DE MP3S DOS CDS AMAZÔNIA GROOVE E BEAT IÚ, CLIPES, DEPOIMENTOS DE PERSONALIDADES, ASSIM COMO MATÉRIAS TELEVISIVAS, DEPOIMENTOS DE NELSON MOTTA EM SEU PROGRAMA DE RÁDIO ETC
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